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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Barrado no Baile

 Momento do descolamento

 Desse angulo, nada demais

Até que a sola não faz falta

Para entenderem essa história voltarei para 2004, quando comprei um sapatenis preto da 
marca DEMOCRATA na Renner do Iguatemi aí em Campinas.
Dito isso, aqui na Suécia o código de vestimenta de balada é mais rigoros que aí na terra 
tupiniquim. Para as mulheres não muda muita coisa, quanto menos roupa melhor, já para os 
homens....sapato é primordial, camisa também. Opcionais temos paletó, gravata, gravata 
borboleta, suéter e calça social. Um modelito básico aqui seria camisa, calça jeans e 
sapato.
Já sabendo disso, dos meus 9 meses passados em Stockholm, resgatei o DEMOCRATA que estava esquecido no meu armário e o trouxe para cá.
Chegado o fds, todo mundo precisa dar uma relaxada e decidi ir pra balada.
Tinha ido jantar, então tava com uma bota de frio, achei que daria certo. Fiquei na fila, 
quando chega a minha vez o cara aponta pro meu pé e reclama falando que não estou de 
sapato. Disse que precisaria estar de sapato.
Como mora perto da balada fui até em casa munir-me do meu DEMOCRATA velho de guerra. Quando coloquei ele vi que tinha alguma coisa estranha com ele, mas devido a pressa nem dei muita atenção, entrar na balada é prioridade.
No caminho de uns 300mts fui caminhando e percebendo uma dificuldade ao caminhar olhei para baixo e a sola estava descolando....Mas não era uma pontinha não. Era mais da metade, era praticamente a sola inteira!! Não tive outra alternativa senão arrancar a sola inteira....Não demorou muito a outra sola ficou deprimida e se descolou também. Tava na rua com um sapato sem sola, andando na gélida Malmo. A sensação era que estava andando de CROC. 
Caminhei confiante até a fila esperando a minha vez e torcendo para ele não pedir pra ver a 
sola.
Chegou na minha vez, ele me vê de sapato e...e.....e, reclama da minha calça!!! Puta que 
pariu!! Minha calça!! A melhor calça que eu tenho, comprada no "estrangeiro", aponta pra
ela e diz que não entro com aquela calça. Barrado de novo!!!
Como sou brasileiro e não desisto nunca, fui pra outra balada, com meu sapato CROC. Até que não foi dificil andar sem sola. TO começando a achar que esse negócio de sola no sapato é supérfluo. Enfim, cheguei na outra balada e quem veio falar comigo não era o segurança e 
sim o organizador da festa. Perguntou se eu estava na lista de convidados, como minha mãe 
não me deixa mentir, disse que não. Falou que talvez eu devesse ir em outro bar. Falei que 
já tinha ido lá, que sou brasileiro, não queria confusão, etc etc. Me deixou entrar....ATÉ 
QUE ENFIM!!!
Fiquei lá, curti a balada e voltei para casa. O sapato aguentou bravamente a epopéia. Mas, 
decidi aposentar ele e comprei um sapato sueco. Só pra garantir.
Aqui na Suécia, eles barram bastante gente, quando não falam da roupa, eles falam que você precisa ter o renomado member card. Tenho certeza que se você, por um milagre do destino, conseguir esse member card, eles vão pedir o platinum member card. Esses seguranças mandam e desmandam, decidem quem entra e quem sai, o que nós, pobres estrangeiros podemos fazer é torcer para que eles não impliquem com a gente.

Um comentário:

Unknown disse...

velho, estes calçados democrata tem uma coisa boa, se o problema for somente a sola, eles tem trocado as minhas na faixa, o custo tem sido o de envio para a fábrica, avalie a possibilidade de ele ocupar o espaço na mala daqui uns meses no seu retorno... sorte !